sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O PARADOXO DA CONTRADIÇÃO


É salutar ao ente enquanto ser, todas motivações oriundas de sua natureza humana, e nisto consiste sua capacidade de optar por deteminada circunstância de comportamento segundo seus conhecimentos prévios, assimilados por assim dizer em sua(s) cultura(s) de acordo com a variabilidade comportamental em seus grupos sociais distintos.
A interface da razão “sobrevoa” minimamente a ação do ente num processo de entendimento do seu locus receptivo e mediante uma vontade irrefreada de se tornar “visível”, mistura os conteúdos dos grupos sociais, comunicando-se sem alteridade, relembrando-se (principalmentre após algumas doses de destilado) de sua tenra infâncial, quando a percepção de mundo gravitava em torno de seu umbigo.
Quando o caráter se fixa no sujeito de forma pendular, revela-nos características dispares como por exemplo soberba, e por falar em soberba porque não enumerar os vícios segundo a Summa Theologiae de Tomás de Aquino?
Soberba: apetite desordenado da própria excelência e início de todos os vícios;
Avareza: apetite desordernado das riquezas, de qualquer bem temporal e corruptível;
Inveja: apetite desordenado dos bens alheios que se caracteriza como uma tristeza em que considera que o bem do outro é um mal pessoal;
Preguiça: apetite desordenado que se configura como uma tristeza profunda que produz no espírito do homem tal depressão que este não tem vontade ou ânimo de fazer mais nada, e se manifesta num torpor de espírito que não pode empreender o bem;
Ira: apetite desordenado que se configura como tristeza e se conflagra no desejo e na esperança de vingança;
Gula: apetite desordenado do desejo e do deleite de alimentos;
Luxúria: apetite desordenado do desejo e dos prazeres sexuais.
Dito isto resta uma reflexão sobre qual o foco que estamos vivendo? Se para a virtude (a disposição do que perfeito para o melhor), ou para o vício (sic).
Quanto ao títuilo em epígrafe, rogo uma reflexão se cada um de nós não temos as máscaras (os simulacros), que utilizamos em nossa convivência com os grupos sociais distintos(?) É sempre bom lembrar que: Os grupos sociais inevitavelmente se encontram e então as contradições aparecem e torna-se totalmente sem ética (parte da filosofia prática que estuda os atos humanos, enquanto geradores de hábitos e costumes), ir buscar num passado aproximações com àquele pensamento como se o homem fosse imutável, é sobretudo um pensamento reacionário e determinista, lembrando Heraclito de Éfeso, “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo”. Se na dinâmica dos fluxos, no devir (nada é, tudo flui. Heráclito) torna-se absolutamente sem propósito qualquer propósito fechado em forno de sua órbita.
Pois bem, este solilóquio me revela atitudes sobretudo minhas, mas ofereço para meu amigo Nino Santos, na esperança num vir-a-ser no porvir urgente, pois precisamos de todos revigorados, mas não devo esperar pelo tempo do outro para sair da companhia do meu vício (privação de perfeição da natureza por disposição habitual contrária ao bem da mesma).
A tolerância é um atributo da paciência, então rogo a minha própria paciência que seja tolerante com o outro, mas sobretudo comigo mesmo!
Sabemos também que “hoje, as identidades gravitam não mais em torno do interno do indivíduo, mas em um tempo em que os desejos, antes dirigidos para o interior, são agora construídos na superfície do corpo, como tatuagens, e asssim o homem do século XXI se arrasta pelo espaço, transitando pelos lugares pendurado de “bugigangas consumíveis” e, muitas vezes, sozinho, já que a individualidade e o egocentrismo são princípios necessários a uma perspectiva social calcada no mercado”.

Referência Bibliográficas:
FAITANIN, Paulo. A Sabedoria do Amor. Iniciação à Filosofia de São Tomás de Aquino. Cadernos da Aquinate, nº 2, Niterói: Coopergraf-k, 2008.
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1996.
LOPES, Jader Janer Moreira e VASCONCELOOS Tãnia. Geografia da Infância: reflexões sobre uma área de pesquisa. Juiz de Fora: FEME, 2005
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgentein. 7ª ed. Rio de Janiero: Jorge Zahar Ed., 2002;

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