Ainda chocados com as ultimas notícias do caso “Vamunha Bia”, os moradores do pacato bairro, acordaram para mais um dia sinistro. Não houve pedras, impropérios, nem desmaios. Apenas rostos frios e empalidecidos como os sacolés de jenipapo do Buraco do Pará.
O Podrão não abriu suas portas para o desjejum habitue da comunidade.
As bocas fecharam. Não se ouvia o canto do Rouxinol nem da Cotovia.
Nenhuma criança foi vista na rua brincando de aviãozinho de papel, soldadinho de chumbo, mocinho ou bandido.
Um corpo foi encontrado no fim da Rua 29. Ninguém da imprensa apareceu para relatar o fato, nem mesmo o rabecão, só os abutres, eternos faxineiros das horas mais difíceis.
Um grito corta a manhã, alguém deixa cair no chão de ardósia Crimes e Castigos de Dostoiévski.
A notícia era clara, e não deixava dúvidas:
Dona Lulu Pereira estava de volta à comunidade.
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